O Papa chegou hoje ao Japão, segunda etapa da sua 32ª viagem internacional, iniciada na Tailândia, com mensagens em favor do desarmamento nuclear e de homenagem aos mártires da minoria católica.
Na tradicional mensagem vídeo enviada antes da visita, Francisco condenou o uso de armas nucleares, que considerou “imoral”.
A única visita de um Papa ao Japão, até hoje, tinha acontecido em 1981, no pontificado de São João Paulo II.
A viagem inclui, este domingo (madrugada e manhã em Lisboa), passagens pelos locais atingidos por bombas atómicas durante a II Guerra Mundial, Nagasáqui e Hiroxima; já na segunda-feira, em Tóquio, decorre um encontro com as vítimas do chamado “triplo desastre” de 2011 -– terramoto, tsunami e acidente nuclear em Fucuxima.
A 9 de agosto de 1945, a bomba “Fat Man” causou a morte instantânea de cerca de 70 mil pessoas em Nagasáqui, além dos efeitos da radiação nos anos seguintes.
Esta é uma cidade central para a história do catolicismo nipónico e tinha, até à explosão atómica, a maior catedral do país, que foi reconstruída em 1959, mantendo no seu interior uma imagem da Virgem Maria que resistiu às radiações.
O Papa vai prestar uma homenagem às vítimas da bomba e fazer um discurso junto ao memorial de mármore preto em sua memória.
Já em Hiroxima, Francisco visita o Memorial da Paz, acompanhado por 20 vítimas do primeiro ataque atómico, numa área destruída pela bomba lançada pelo avião Enola-Gay a 6 de agosto de 1945.
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O padre Adelino Ascenso, que foi missionário no Japão, disse que a presença do Papa no país é um “estímulo” para todos os japoneses e considera que a Ásia tem de ser “um dos centros principais” da renovação da Igreja Católica.
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