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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Vemos, na liturgia deste Domingo, que Deus ama toda a sua criação. Não há nada que, sendo criado por Deus, não seja amado e querido por Ele. Se isto acontece com todas as coisas, imagine com o ser humano. Deus ama incomensuravelmente o ser humano e quer que todos se salvem. Por isso, Seu olhar de misericórdia e compaixão recai sobre os que se desviaram do caminho, os marginalizados, os pecadores, como nós vemos no Evangelho de hoje, quando Jesus entra na casa e na vida de Zaqueu, o pecador, para transformar a sua vida. Quando permitimos que Jesus entre na nossa vida, ela é transformada. A vida de Zaqueu transformou-se a partir desse encontro. 

Todos os que se encontram verdadeiramente com Jesus têm suas vidas transfiguradas. Não podemos dizer que encontramos Jesus, que ceamos com ele, ou seja, comungamos o Cristo, se continuamos a praticar os mesmos erros, se não mudarmos a nossa forma errada e medíocre de ser e de agir. Zaqueu mostra-nos que quem encontra Jesus nunca mais será a mesma pessoa, mas terá a sua vida totalmente transformada. 

Tal facto é resultado do amor e da compaixão de Jesus, mas é também o resultado do empenho e do esforço de Zaqueu. Aqui, cada um fez a sua parte. Zaqueu quis ver Jesus, e Jesus quis que Zaqueu O visse e com Ele se encontrasse. Não podemos esperar que Deus faça tudo por nós. A conversão depende de nós e dos nossos desejos. Não importa tanto quem somos e o que fizemos de errado. Se existe em nós um sincero desejo de mudança, de conversão, de querer ver e se encontrar com Jesus, esse encontro vai acontecer e seremos transformados. Sejamos pessoas misericordiosas. 

Amemos os nossos irmãos, independentemente dos seus pecados. Amemos ainda mais os que erraram, pois somente o amor fará com que essas pessoas reparem os seus erros e mudem de vida. Só o amor salva. Assim mostra a liturgia da Palavra deste Domingo.

Pe. Carlos Correia
Imagem: Internet

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