Com a solenidade da festa de Cristo Rei do Universo, encerramos o ano litúrgico e iniciamos um novo ano. Podemos dizer que fechamos o ano com “chave de ouro”, tendo diante de nós o Cristo Rei. Esta expressão suscita muitas imagens, e uma boa parte delas, para não dizer a maioria, não corresponde ao verdadeiro significado do Rei que é Cristo.
Em primeiro lugar, a expressão “Rei do Universo” já nos mostra que Ele não é um rei dentro das concepções humanas, ou seja, da história, dos sistemas monárquicos, cuja a obediência manifesta-se pelo medo. Alguns chegam a construir uma imagem de Cristo com uma coroa similar à dos reis, mas seu reinado nada tem de semelhante aos reinos deste mundo. Ele mesmo deixou claro que o seu Reino não é deste mundo. Mas nós insistimos em comparar Jesus aos reis deste mundo porque não temos, ou não queremos ter, outra imagem de rei. Quando agimos assim assemelhamo-nos aos que o crucificaram e zombaram dele, pois nenhum rei deste mundo teve a humildade de Jesus, ao ponte de entregar-se à morte mais humilhante ou servindo como Ele serviu.
No entanto, basta que conheçamos um pouco da história da salvação e dos evangelhos, para entendermos que o Cristo Rei que celebramos neste dia não se assemelha a nenhum rei deste mundo.
Contemplemos, portanto, nesta liturgia, a realeza e a divindade de Cristo, o Rei da paz, do amor, da justiça e da santidade. E aprendamos a seguir o seu exemplo, pois, pelo batismo, todos participamos neste reinado.
Pe. Carlos Correia
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