O Papa Francisco presidiu hoje a uma Missa com refugiados, no Vaticano, pelo 5.º aniversário da sua viagem à ilha italiana de Lampedusa, repetindo o apelo à “responsabilidade humana” pelos migrantes e refugiados.
“Infelizmente, apesar de generosas, as respostas a este apelo não foram suficientes e hoje choramos milhares de mortos”, disse na homilia da celebração, na Basílica de São Pedro.
Francisco recordou as vítimas da “cultura do descarte”, entre eles os migrantes e os refugiados que “continuam a bater às portas das nações que gozam de maior bem-estar” e são recebidos com a “hipocrisia estéril de quem não quer «sujar as mãos»”.
A Missa contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre refugiados e socorristas, alguns dos quais vindos de Espanha, junto ao altar da Cátedra.
“Quis celebrar o quinto aniversário da minha visita a Lampedusa convosco, que representais os socorristas e os resgatados no Mar Mediterrâneo”, explicou o Papa.
Em junho, o navio Aquarius, da organização não-governamental SOS Mediterranée, foi encaminhado para a Espanha, escoltado por duas embarcações da Marinha Italiana, depois de ter sido impedido de atracar na Itália e em Malta.
Francisco agradeceu a quem acolhe os migrantes e refugiados, considerando que encarnam hoje a parábola do Bom Samaritano, “que parou para salvar a vida daquele pobre homem espancado pelos ladrões, sem lhe perguntar pela sua proveniência, pelos motivos da sua viagem ou pelos seus documentos”
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“O Senhor promete descanso e libertação a todos os oprimidos do mundo, mas precisa de nós para tornar eficaz a sua promessa. Precisa dos nossos olhos para ver as necessidades dos irmãos e irmãs. Precisa das nossas mãos para socorrê-los. Precisa da nossa voz para denunciar as injustiças cometidas”.
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