A Igreja Católica assinala hoje o XXVII Dia Mundial do Doente indicando a “gratuidade” e o “profissionalismo e ternura” como atitudes na prestação dos cuidados de saúde.
“A dimensão da gratuidade deveria animar sobretudo as estruturas de saúde católicas, porque é a lógica evangélica que qualifica a sua ação, quer nas zonas mais desenvolvidas quer nas mais carentes do mundo”, escreve o Papa na mensagem para o Dia Mundial do Doente.
Para Francisco, as “estruturas católicas são chamadas a expressar o sentido do dom, da gratuidade e da solidariedade, como resposta à lógica do lucro a todo o custo, do dar para receber, da exploração que não respeita as pessoas”.
“As instituições de saúde católicas não deveriam cair no estilo empresarial, mas salvaguardar mais o cuidado da pessoa que o lucro”, sublinha o Papa.
Francisco recorda que “a saúde é relacional”, afirma o valor da “interação com os outros” e da “confiança, amizade e solidariedade” e diz que o “cuidado dos doentes precisa de profissionalismo e ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples”.
O Papa disse também que todas as pessoas precisam de cuidados de saúde e que ninguém consegue “ver-se livre da necessidade e da ajuda alheia”, convidando todos a “permanecer humildes e a praticar com coragem a solidariedade, como virtude indispensável à existência”.
Francisco referiu que o XXVII Dia Mundial do Doente será celebrado de modo solene em Calcutá, na Índia, no dia 11 de fevereiro, e lembrou “com alegria e admiração” Santa Madre Teresa de Calcutá, “um modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes”.
A frase do Evangelho de São Mateus “Recebestes de graça, dai de graça” é o tema para a Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente, onde Francisco valoriza o papel dos voluntários nos diferentes ambientes dos cuidados de saúde.
Na mensagem do Secretariado Nacional da Pastoral da Saúde, assinada pelo bispo e Viseu, afirma-se que os doentes “têm o direito a ser tratados com as melhores práticas em saúde”, na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente 2019, que a Igreja Católica assinala a 11 de fevereiro.
“A prestação dos cuidados de saúde aos doentes deve procurar sempre o maior bem, mesmo perante as conquistas alcançadas pelos avanços da medicina e das biotecnologias, pois estas devem ser colocadas ao serviço da pessoa humana e da sua dignidade e nunca favorecendo a sua manipulação”, escreveu D. António Luciano..
O bispo de Viseu salienta que “é responsabilidade e missão” de cada profissional “proporcionar os melhores serviços e oferecer as melhores práticas em saúde”.
“Aqui desempenham um serviço importante os administradores, os gestores, os médicos, os enfermeiros, os técnicos e operacionais de saúde, os capelães e os assistentes espirituais, os voluntários, as famílias e toda a comunidade”, observa o responsável, que já foi enfermeiro.
O Dia Mundial do Doente foi instituído pelo Papa São João Paulo II a 11 de fevereiro de 1992, na memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes (França).
Na mensagem da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, D. António Luciano pede aos cristãos para celebrarem o Dia do Doente como “uma oportunidade de oração, de reflexão e estudo” sobre a dignidade e o valor da vida humana, “a dimensão existencial da dor e o sentido cristão do sofrimento”.
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