Com a celebração do Batismo do Senhor, fecha-se o ciclo do Natal e inicia-se, na segunda-feira, o Tempo Comum. Tempo marcado pela vida pública de Jesus, sua missão. Assim, a celebração deste Domingo, num estreito vínculo com o mistério do nascimento de Jesus, coloca-nos dentro da dinâmica da liturgia e conduz-nos a uma reflexão sobre a nossa missão de batizados, discípulos e missionários de Jesus Cristo, a partir do mistério da encarnação e da manifestação de Jesus, a Epifania, que celebramos no Domingo passado. O Batismo de Jesus é uma forma importante d’Ele manifestar-se ao mundo. É uma espécie de “passaporte” para a concretização do projeto de Deus, na pessoa e na ação do Filho, Jesus, que se inicia com o evento do batismo.
Celebrar o Batismo do Senhor é, pois, uma rica oportunidade para refletirmos sobre o nosso batismo e a missão que d’Ele recebemos. O batismo é compromisso, é missão. Sem esses elementos, o batismo se esvazia. O certo é que pelo batismo não apenas nós nos filiamos a uma religião, mas também nos filiamos a Deus. Através do Batismo, que lava os nossos pecados, nós, uma vez purificados, tornamo-nos filhos de Deus. Jesus deu-nos o exemplo e, como qualquer um de nós, recebeu o batismo. Ele não precisava ser batizado, porque era o Filho de Deus, mas, a partir do momento que recebeu a condição humana, assumiu-a em todas as suas dimensões, exceto no pecado, e por isso, por solidariedade, não quis ser diferente. Assim Ele recebe um batismo semelhante ao nosso, legitimando o seu significado, a sua importância.
Com os ensinamentos da liturgia deste Domingo, do Batismo de Jesus, podemos renovar as promessas batismais e também o nosso compromisso com a Igreja.
Pe. Carlos Correia
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