A concepção de Missão tem passado ultimamente por profundas mudanças. Predominava até então, aquela clássica visão missionária, que alimentará durante anos, homens generosos em busca de terras distantes, para anunciar aí a Palavra Salvadora de Cristo. Fazia parte da compreensão dos missionários prolongar para fora de sua Pátria, aquela situação cultural e religiosa em que estes viviam, seja modificando as demais realidades dos povos conquistados, seja destruindo-as, quando incompatíveis aos seus pensamentos.
Dentro desta perspectiva, aconteceu a destruição das culturas indígenas em nosso continente latino e a opressão cultural sobre os negros africanos. O missionário não tinha a mínima consciência de que pudesse encontrar elementos salvíficos válidos nessas culturas pagãs e selvagens. Assim sendo, em nome da fé, se desrespeitava e destruía o ser humano.
Hoje, já não se entende mais a tarefa missionária, como aquela que impõe seus costumes e religiosidade, mas, aquela que está aberta para aprender e respeitar o outro. Só pelo confronto com o outro, o diferente, percebemos impulsos e hábitos de dominação arraigados em nós e que não são nem um pouco cristãos, convidando-nos a nos converter.
Cada dia o cristão está redescobrindo a sua vocação missionária. Ser missionário não é privilégio nem tarefa de alguns poucos especialmente chamados para isso. Cada um, no seu meio e segundo as suas possibilidades deve anunciar a Boa Nova Salvífica a seu irmão.
A Palavra de Deus é, pois, para ensinar, refutar, animar e formar para a Justiça (2Tm. 3,14-17). Ensina os alienados, refuta os interessados na manutenção de situações injustas, anima os comprometidos com a libertação e forma todos no caminho da Justiça.
São Caetano atendeu o chamado de Cristo e se tornou o homem da caridade, da oração, do alento, da esperança, ou seja, se tornou outro Cristo no serviço a todos que o procuravam. Isso é possível porque renunciou aos seus caprichos, medos e orgulho. Jesus ensina que devemos renunciar às muitas coisas que são de nosso interesse, sempre que precisarmos ajudar o próximo a viver melhor e a se libertar de suas escravidões. Entendemos a missão Teatina como um testemunho forte de vida religioso-clerical em suas dimensões sacerdotal, pastoral e profética. A comunidade é em si mesma anúncio do Reino de Deus. Comecemos, portanto, a sentirmo-nos enviados pelo Senhor a fazer de nossa comunidade cada dia mais missionária. Empenhemo-nos em criar e revitalizar em nós o espírito das comunidades apostólicas sendo solidários e abertos ao povo de Deus.
A missão é exigente e absorvente, e a comunidade é a grande força impulsionadora que a sustenta. É a retaguarda, o apoio e também o refúgio, necessário nas horas de um justo descanso. A comunidade nos prepara para a missão, nos envia, nos apoia, e é em nome dela que assumimos a missão. Precisamos impregnar a nossa missão com as nossas marcas, nossas características, nossa espiritualidade, de tal modo a criar uma grande fraternidade entre a nossa comunidade e o nosso povo.
É sumamente importante que o nosso povo reconheça que são membros activos da nossa família Teatina e por sua vez de sua missão.
Ser Teatino é ter a certeza de que o nosso Deus não nos abandona quando nos envia em missão.
Ser Teatino é lançar-se nos braços de Deus.
Rezar: 1 Pai Nosso, 3 Ave-Maria, Ladainha e a Oração de São Caetano.
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Fonte: Internet
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