(...)
Para Deus o bom grão é mais importante e mais verdadeiro do que a cizânia, a luz vale mais do que a escuridão, o bem pesa mais do que o mal.
Deus não despreza nem a nossa história nem muito menos a sua eternidade fazendo-se o guardião dos pecados ou das sombras. Ao contrário, para Ele não se perde um só dos mais pequenos gestos bons, não é perdido nenhum generoso cansaço, nenhuma dolorosa paciência, mas tudo isto circula nas veias do mundo como uma energia de vida, agora e para a eternidade.
Não basta justificar-se dizendo: nunca fiz mal a ninguém. Porque faz-se o mal também com o silêncio, mata-se também com o estar à janela. Não se comprometer pelo bem comum, ficando a olhar, é já fazer-se cúmplice do mal comum, da corrupção, das máfias, é a «globalização da indiferença» (papa Francisco).
O que acontece no último dia mostra que a verdadeira alternativa não é entre quem frequenta as igrejas e quem não vai lá, mas entre quem se detém junto ao homem agredido e à Terra, e quem, ao contrário, segue em frente; entre quem parte o pão e quem volta as costas e passa ao largo. Mas além do ser humano não há nada, muito menos o Reino de Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário