Senhor,
Tu firmaste a terra há muito tempo,
O céu é obra das tuas mãos.
Eles perecem, mas Tu permaneces.
Eles ficam gastos como a roupa.
Sim,
Tu os mudarás como um vestido,
E eles ficarão mudados.
Mas tu permaneces sempre o mesmo,
E os teus anos jamais findarão.
O homem é como a erva,
E toda a sua glória como a flor do campo.
Seca a erva e murcha a flor,
Mas a tua Palavra, Senhor,
permanece para sempre.
Neste mês em que a paisagem muda,
As folhas caem,
As árvores choram,
E nós verificamos
que a nossa vida é breve e frágil,
Como a lançadeira no tear,
Assiste-nos, Senhor, mais de perto,
com a tua bondade,
Sustém os nossos passos vacilantes,
Alumia os olhos do nosso coração titubeante,
Faz-nos sentir a alegria da tua presença carinhosa,
Senta-nos à mesa da certeza da tua salvação.
D. António Couto
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