Quem tem sede,
Venha a mim e beba,
Diz Jesus,
E expôs-se sobre a Cruz
Como fonte sempre aberta e disponível.
Quem tem sede,
Alegre-se então por poder beber,
Mas não se entristeça
Por não ser capaz de esgotar a fonte.
Convém que a fonte permaneça
E abasteça o horizonte
De paz e de alegria.
A água escorre deste santuário,
E, como um rio,
Percorre e irriga a terra inteira,
Coração a coração,
Sementeira a sementeira.
E não há fio que meça esta torrente,
Que cresce desde a nascente até ao estuário.
E nas suas margens
tanta vida nova e bela nasce e cresce,
Tanto trigo floresce,
Tanto coração amadurece,
Tanto amor.
Dá-me sempre dessa água viva, Senhor!
D. António Couto
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