O Papa assinalou hoje a peregrinação do 13 de maio com uma carta dirigida ao Santuário de Fátima, no qual evoca as vítimas da pandemia de Covid-19, que levou ao encerramento do recinto.
“Peço-vos uma oração particular – enquanto vos asseguro a minha – pelas vítimas sem conta desta pandemia de Covid-19 e por todos os defuntos; a quantos se viram sozinhos na sua travessia para a eternidade, sei que a boa Mãe do Céu lhes fez companhia até Deus”, refere o texto.
“A Deus, Ela confia todos e cada um de vós, desde os zeladores do Santuário de Fátima, que hoje nos personificam e representam a todos aos pés de Nossa Senhora, à semelhança do apóstolo João no Calvário – «Mulher, eis o teu filho!» (Jo 19, 26) e, pela casa dentro, entrou-Lhe todo o mundo”, prosseguiu.
Francisco saúda os “queridos peregrinos de Fátima” e assinala as “circunstâncias” que este ano impede a “habitual a peregrinação até à Cova da Iria”, onde chegam espiritualmente “os doentes, pobres e abandonados, sem esquecer os profissionais e voluntários empenhados a servi-los”.
“Sei, porém, que aí vos encontrais igualmente, embora apenas de alma e coração. E a razão é simples! Um filho, uma filha não se pode ver longe da mãe e clama por ela; a confiança que lhe inspira é tal que basta a sua companhia para cessarem todos os medos e inquietações, abandonando-se a um sono tranquilo logo que se vê no regaço dela”, escreve.
Com estas minhas palavras, queria apenas tranquilizar-vos a respeito da companhia que vos faz a nossa Mãe do Céu. Hoje conseguimos, através apenas da alma e do coração, fazer a ligação à Virgem Maria; e somos limitados! Tão limitados, tão pequeninos que um inesperado vírus pôde facilmente transtornar tudo e todos…”.
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