No Evangelho do 4.º domingo, Cristo revela-Se como Luz que ilumina o nosso caminho. O cego de nascença vai alcançando um progressivo (re)conhecimento de Jesus, uma progressiva aproximação à luz da fé: para o cego, aquele que o curou é primeiramente um Homem chamado Jesus; depois é o Rabbi (Mestre), de seguida é o Enviado; chega a ser reconhecido como Profeta e como Alguém que vem de Deus, até confessar que acredita no Filho do Homem, reconhecendo-O como seu Senhor. Conhecer é aqui «con-nascer», é como que um segundo nascimento, de modo que, conhecendo a Cristo, a sua vida não é mais a mesma. Perspetiva-se aqui o Batismo, como sacramento de iluminação. A fé aparece como uma nova visão, “um caminho do olhar, em que os olhos se habituam a ver em profundidade” (cf. Papa Francisco, Lumen Fidei, n.º 30). A fé faz-nos ver com outros olhos, faz-nos ver tudo de novo; ela dá-nos um coração que vê.
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