Concede-nos, Senhor Jesus,
Que neste tempo de dor e desalento,
Nos refugiemos aqui,
Nos ajoelhemos aqui,
Ao pé da tua Cruz,
À espera de encontrar algum alento.
Daqui, de ao pé da tua Cruz de Luz,
Sem dúvida o lugar mais alto do mundo,
Mais alto e mais profundo,
Vê-se bem, com toda a claridade,
Que a lonjura do tempo não é horizontal.
Eleva-se em altura.
Como a tua túnica tecida de Alto-a-baixo,
Vertical,
E sem costura.
Tu vens do Alto, Senhor
Tu vens de Deus.
Tu és Deus.
Tu és o Justo
Que chove das alturas
Sobre a nossa humanidade
sedenta e às escuras.
Vem, Senhor Jesus,
Alumia e rega a nossa terra dura,
Acaricia o nosso humilde chão,
Limpa as nossas lágrimas,
E modela com as tuas mãos de amor
Em cada um de nós
Um novo coração,
Capaz de ver,
Desde al-Azariye,
A alegria do teu terceiro dia
E a força nova
Da tua Ressurreição.
D. António Couto
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