O Museu da Consolata – Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, inaugura, esta quarta-feira, às 17h00, a exposição «Amazónia – Yanomami, os guardiões da “Casa Comum”».
Através da objetiva do jornalista Francisco Pedro, um “grande interessado pela cultura indígena”, os visitantes são transportados até ao ano 1999, convidando-os a entrar num cenário cujo “tempo cheira a quente e sabe a pó”, segundo as suas palavras, onde nos espera o afável povo Yanomami.
Em perfeita simbiose com as fotografias de Francisco Pedro, encontram-se expostos, até 19 de novembro, alguns objetos do acervo do museu, habitualmente em reserva, dando testemunho de atividades relacionadas com a caça, pesca, alimentação adornos, entre outras.
Os Yanomami vivem em casas comunitárias, as malocas, construídas com madeiras, cipós, esteios, folhas e barros amassados.
A maloca tem normalmente uma só porta, servindo para todas as pessoas da comunidade, composta por vários grupos, onde habitam em comum entre dez a quarenta famílias.
No momento da inauguração irá decorrer um «Chá com Arte» onde vão estar à conversa o jornalista Francisco Pedro e o Padre André Ribeiro, missionário da Consolata, recém-chegado da Missão Catrimani da Amazónia brasileira, para partilhar experiências, e abordar os problemas ecológicos e de direitos humanos, sentidos neste momento no Brasil.
Neste «Mês Missionário Extraordinário» declarado pelo Papa Francisco para assinalar o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud do Papa Bento XV e no âmbito do Sínodo “Amazónia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral” a decorrer em Roma, de 6 a 27 de outubro, “não podia este espaço museológico deixar de assinalar, através desta exposição temporária, a dimensão missionária na Amazónia, junto de um povo muito caro aos Missionários da Consolata, os índios Yanomami”, lê-se.
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