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terça-feira, 22 de outubro de 2019

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Mais uma vez, a liturgia da Palavra insiste na oração. E porque faz isso? Porque a oração, a espiritualidade e a fé são o combustível para a nossa missão. Sem a oração, sem a fé, sem uma espiritualidade bem trabalhada, dificilmente venceremos as batalhas da vida. Não podemos fraquejar ou esmorecer na nossa vida de oração, pois se isso ocorrer, nós enfraqueceremos também nas lutas diárias, pois os desafios são muitos.

Assim sendo, a liturgia de hoje, sobretudo o Evangelho, insiste na oração de petição, pois quem pede recebe e a porta é aberta para quem bate (cf. Mt 7,7). Pedir com insistência significa pedir com fé, mesmo que isso possa parecer impertinência para com Deus. Só quem tem fé não desanima diante da suposta demora de Deus em atender ao nosso pedido. Deus tarda, mas não falha, diz uma expressão popular, e não falha mesmo! Se nós, que somos maus, damos coisas boas a nossos filhos quando eles nos pedem, quanto mais Deus, que é bondade infinita. Ele dará tudo o que nós precisamos, diz a continuação da passagem bíblica supracitada.

Ora, nessa mesma linha de pensamento vai o Evangelho de hoje, ao trazer a Parábola da viúva que pede com insistência ao juiz insensível para que faça justiça no seu caso. E o juiz a atendeu não porque se compadeceu da viúva, mas porque ela o estava perturbando com a insistência do seu pedido. Se o juiz que não temia a Deus, isto é, era insensível, atendeu ao pedido da viúva, quanto mais Deus, que é infinitamente justo e amoroso, atenderá aos nossos pedidos.

É nesta linha que seguem as reflexões deste Domingo, destacando o poder da oração e da perseverança na oração. Para dizer que não basta rezar, é preciso rezar com perseverança e agir com coerência de princípios, uma vez que toda a acção sem oração é estéril, e toda a oração sem acção também não produz frutos. É o que vemos na primeira leitura de hoje.

O Evangelho termina questionando se quando Jesus voltar encontrará fé sobre a terra. Não precisamos de esperar tanto, basta olhar para a nossa sociedade e até para as nossas comunidades eclesiais. A fé parece que enfraquece a cada dia, ficando cada vez mais distante daquilo que pede a liturgia deste Domingo. No lugar de Deus, da religião e do amor, são colocados outros “valores”, resultados de uma sociedade que se seculariza a cada dia. Como fica então a nossa fé diante deste mundo tão árido, com valores seculares? Cabe a nós pensar sobre isso e avaliar a nossa vida de fé e de oração.

Pe. Carlos Correia

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