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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O MEU PAI É O AGRICULTOR

O Antigo Testamento está cheio de alusões ao povo de Israel como “vinha eleita”, “vinha do Senhor”, “vinha destinada a produzir bons frutos”, não obstante as frequentes infidelidades. Jesus, porém, sem desprezar este sentido coletivo, parece insistir mais na dignidade e responsabilidade individuais de estar inserido n’Ele como o ramo na videira: só desta unidade vital pode circular uma seiva nova, cheia de vida e capacidades, aptar a dar “muitos frutos”.
Porém, quem faz o trabalho e toma a iniciativa desta ação é o Pai. É Ele quem, como “agricultor” bom e zeloso, “corta o ramo que não dá fruto”, “limpa o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda”, faz depender a sua glorificação da qualidade do fruto e da íntima condição de discípulos dos que estão unidos a Seu Filho, enfim, coloca-Se como protótipo do amor que deve unir todos os que estão inseridos na videira.
O Pai que enviou o Seu Filho à Terra como Salvador e Redentor preocupa-Se com cada um de nós. Não é um Deus abstrato, longínquo, insensível, um «deus dos filósofos» que «nem aquece nem arrefece», como diz o nosso povo. Pelo contrário, é um Deus operante, sensível, fonte de vida e felicidade, misericordioso, preocupado com cada um e com todos. Um Deus tão próximo que nos comunica a Sua vida, tal como a videira transmite aos ramos a qualidade da sua seiva. Por isso, a «condição cristã» não é nada de difícil compreensão: é, ao fim e ao cabo, não colocar barreira para que Deus exerça em nós a Sua obra, é fazer com que as artérias e veias não se tornem esclerosadas e impeçam a passagem dessa seiva que, em linguagem de fé, chamamos graça e filiação divinas.
Convido, por conseguinte, os agentes pastorais a terem como referência, neste ano pastoral de 2019/2020, a Pessoa divina do Pai e a ajudar a todos a redescobrirem este Deus, fonte de beleza e de vida, Criador, origem e fim do Universo e instaurador de um específico «plano», isto é, uma moral, um comportamento. Para isso, podem ser úteis as parábolas do amigo impertinente (Lc 11,5-8), do bom servidor (Lc 17,7-10), dos dez talentos (Mt 25,14-30) dos dois devedores (Lc 7,41-42), do filho pródigo (Lc 15,11-32), da dracma perdida (Lc 15,8-10), do fermento (Mt 13,32 ss), da figueira estéril (Mc 11,12-26), do filho obediente (Mt 21,28-32), do grão que germina (Mc 4,26-29), do pai de família (Mt 13,51 ss), do rico e de Lázaro (Lc 16,19-31), do semeador (Mc 4,3-9), etc.

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